O medo como moldura do texto da vida

Ele paira...sorrateiro...persistente...incansável. Busca vencer-me e, por vezes, consegue. Quer-me vivendo sem viver, morrendo sem morrer. Deseja que me amedronte e desista. Sua treva brilha e procura ofuscar a alegria que tenta se insinuar. Se é rejeitado, não luta. Aguarda uma outra oportunidade.
A obra de arte que é a vida, porém, o tem enfraquecido. Sua tessitura calorosa e doce deixa-o prisioneiro. Assim, tudo vai ficando mais leve, sem espanto, sem perturbação e as cores da moldura se agigantam outras.

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