Molduras da minha infância IV

Sonhadora que sempre fui não poderia deixar de eleger Dom Quixote como companheiro de aventuras. A inocência e a intrepidez deste cavaleiro andante tocava meu coração pueril. Como ele, eu desejava lutar contra tudo o que impedisse a abertura das portas da imaginação. Seu código de honra e a vivacidade de suas intenções faziam com que cores saltassem das páginas. ..E eu era Dulcineia...
Este romântico inveterado transformou a loucura em um sonho desejado ardentemente pelo leitor. Sua morte foi sentida como a de um amigo. No entanto, mantive os moinhos de vento e a espada desembanhada. Acompanharam-me por anos e ainda sinto saudades por tê-los deixado para trás na vida adulta.
Ainda há tempo, porém. ..Avante, amigo Quixote: ajuda-me com novos sonhos!

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