Molduras da minha adolescência III

A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho, foi impactante. Cheia do romantismo próprio da época, fiquei enternecida pelo destino de Marguerite, proibida de amar Armand. A amostra do amor como redenção, mudança de vida na literatura, isto é,  no imaginário do autor e de seus futuros leitores, agradou meu coração pueril. O que eu já acreditava estava ali descrito em lindas e sofridas cores. O sacrifício da protagonista levou-me a comovidas lágrimas.Rio e releio e não me esquivo da mesma emoção. Dumas visitou com maestria o coração humano, sempre desejoso de amar e ser correspondido e, no entanto, pronto para a oferta gratuita.
Ainda hoje a história de Marguerite acalenta minha confiança no ser humano e em sua capacidade de remodelar-se pelo amor.