Letras: molduras dançantes e aladas

 Vejo-as com os olhos abertos ou fechados; embaralhadas ou formando palavra; coloridas sempre...Sonho com elas também acompanhando-me em cenas coerentes ou não. São companheiras e determinam meus pensamentos (há quem diga que pensa em imagens...não eu!) Incitam-me constantemente ao trabalho e empurram o lápis à mão. São matreiras e, por vezes, me confundem, lançando-me em um redemoinho que custa a se estabilizar. São carinhosas e aveludadas; ríspidas e arrogantes; bravas, corajosas e gostam de definições. Quando fico sem elas, me entristeço e a transmissão das emoções não se valida. 

Canto hoje o seu valor e o papel importante na vida de quem tem urgência da escrita.