O perfume da eternidade como moldura

Ele vagueia pelo nosso mundo silenciosamente, deixando um rastro único. É inconfundível, no entanto, misterioso e nada sutil. Impregnada cada célula do corpo, prevenindo lossiveis desistências. Para cada indivíduo que sente pesar a finitude lança fortes rajadas aromáticas que fazem lembrar o destino final. Emoldura todo instante vivido, chamando a aproveitar cada oportunidade de bem. Não fixa morada, apesar de parecer emanar da natureza. Está em toda parte, inclusive dentro de nós. E, a seu tempo, se descortina para logo depois esconder-se novamente. 
Este perfume é nota do eterno em mim. Flui em mim e de mim. É moldura para os dias de tédio e desesperança. Faz brotar novo sorriso por entre as lágrimas. É meu cheiro primevo.

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