Costurando a moldura, com arte de Marta Paes

A cada instante, histórias são tecidas. São muitos os encontros de fato(agora mais virtuais!), mas são muitos também os que não saem da mente sonhadora. Estes textos de sangue são molduras na engrenagem da imaginação. Ali, são gestadas como uma tapeçaria...como a de Penélope à espera de seu amado Ulisses. A esposa esperançosa, no entanto, conseguia desfazê-la à noite para não cumprir seu destino e retomá-la no dia seguinte...do mesmo ponto. Nos dias atuais, porém,  o tempo urge e não há como retardar ou voltar atrás em certas situações. Ora fica a ideia inerte ora se derrama num real de rapidez inacreditável. Penélope conseguia retomar sua história...e nós? Podemos recompor o que sonhamos e dar-lhe vida? No pano de fundo da existência, haverá sempre aquele fio solto...desalinhado...em busca do paciente trabalho de mãos ágeis, de vozes apaixonadas, de pés intrépidos. Tapeçaria de pele, nossa história é desenhada nos milésimos de segundos. Não há tempo a perder.

Comentários

  1. Você sempre fazendo uma leitura (e um texto) tão bacana a partir de uma imagem! Que possamos costurar muitas histórias! Histórias boas de serem vividas, lidas, ouvidas.

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  2. A cada dia escrevemos uma nova história em nossas vidas, e se precisar, no dia seguinte podemos reescreve-la de modo diferente.

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  3. Sim. Sempre a lápis, com a borracha para os retoques!

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