Lírios, para hoje.

 De onde veio, não se sabe. Fugidio, instalou-se no canto esquerdo da moldura...um lírio branco.

Uma doce fragrância invadiu a sala.

Surpreendentemente, outros se ajuntaram, pousando na capa do livro, no centro da partitura, aos pés da bailarina. 

Era uma revolução. A tática parecia ser a concentração nos espaços de arte.

A erva do campo foi moldura majestosa, borrifando sutileza e toques de inocência que provocaram reviravolta nas composições... a tela ganhou brilho novo, as notas, doçura renovada, as páginas, fortaleza na tinta das letras e, para a bailarina, leveza sem igual...parecia flutuar a menina...

Revolução de ardor, incandescente amor... Pura novidade que a arte, tediosa do cotidiano, agarrou, feroz.

 Lírios...delírios...moldura para sempre 

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