O que vai na 'mente' da moldura

 Foi-me concedida capacidade de expressar pensamentos...Ora...tarefa difícil. E há palavras no mundo para conter os sentimentos? Por certo que não. Mas, enfrento o desafio e, agradecida, me imponho a tarefa.

Como descrever o ar gélido e o calor das mãos quando pela primeira vez saio da sala de construção e adentro salões de exposição? Compulsão para um choro de nasciturno, para risadas de genuína alegria de se sentir 'viva', artística! Busco vocábulos e me fogem como para lembrar que o espanto nem sempre se exprime. 

Quando os olhos se ajeitam à tamanha luz, percebo o encantamento em cada letra, traço, passo e nota...e sei...só sei do privilégio da minha posição. Sempre junto à arte. Sem chances de desânimo ou tédio. Sempre à porta da novidade que o trabalho traz a cada dia. Divirto-me a tentar descobri-lo e faço com diligência. Surpresa, sim, para o ser humano que não se deleita. Como ser humano e não se embevecer...todos os dias!

Palavras...não as tenho mais. Transbordo sensações.

Abdico do direito à voz e volto ao silêncio de enlevo. Ali...sou mais loquaz.

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