A moldura no espelho

 Nunca se vira e... numa troca de espelho no salão...não  sem surpresa, descobriu -se em simulacro. 

Era vistosa e agradável de contemplar. Tinha um quê de doçura e fortaleza. Era estranho...analisar-se assim. Parecia que a imagem estampada queria arrancar-lhe algo, mas mesmo assustada, não volvia o olhar, como em hipnose. 

Bela...sim, era bela e destacava-se, por certo. As cores eram vibrantes... Mas, um momento... Não há como se fazer de Narciso...Ora essa... Fecha os 'olhos' e volta à realidade: o brilho pertence à obra. Abri-os novamente e lá estava ela...linda. Agora sim. Tudo no lugar certo. O resplendor do trabalho artístico refletido e ela... parte secreta e escondida de tudo.

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