O nó górdio desatado

 A vontade de arte compele, impele. A inspiração, porém, em nó de freio, impede a execução da urgente tarefa. A escrita, para o autor, é necessidade, assim como a pintura, a música ou a dança para qualquer artista. O nó do palco desabitado, do cenário deserto, promete ser impossível de se desatar. O tempo passa e a folha, a tela, a sala, a partitura...permanecem no silêncio do nó insolúvel. 

Corre a moldura e se multiplica para todos e, tal qual Alexandre, faca em punho, corta o complexo problema. Faz, então, minar pelos poros dos artistas todos os trabalhos adiados: peça por peça, palavra por palavra, nota por nota, passo a passo... lentamente... eficazmente. 

Volta tranquila para a serenidade de sua posição e saboreia os resultados. 

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas