Fernando Pessoa e a moldura amarga

 O ícone português  envolveu  sua vida em amargura. O poeta dos muitos nomes caminhou  por entre insatisfações com a aparência física, um amor não correspondido e a pouca convivência com familiares e amigos. Impingiu-se moldura de dor. Os textos, porém, só dizem de vigor e graça. Ele via uma moldura e a desenhou para si, para dar entrada às palavras da obra. Matreira, para os leitores, mostra-se serena, vicejante, repleta daquela confiança na potência de transformação da vida. Na verdade, mostra o que tinha por dentro o autor lusitano, bem escondido, no núcleo do coração. 

Os sentidos enganam e  Pessoa se enganou. A moldura de seu trabalho  hoje recepciona admiradores de todo o mundo com o que ele tinha de mais precioso e oculto: o incondicional amor pela Arte.

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